Tradução

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

JULGAMENTO ERRADO


Um caso interessante de julgamento errado que tomei conhecimento, foi feito pelo romancista francês Honoré de Balzac que além de escrever romance, se considerava um perito em grafologia – estudo da escrita à mão para determinar o caráter e a personalidade de uma pessoa.
Certa vez, uma senhora levou-lhe um caderno com rabiscos infantis e pediu que ele os analisasse. Depois de observar cuidadosamente todo o caderno, ele concluiu que a criança era mentalmente retardada. Mas ficou sem jeito e perguntou se ela era a mãe da criança. Quando a senhora respondeu que não tinha nenhum parentesco com ele, Balzac usou a sua franqueza e de pronto respondeu: - “A escrita dessa criança dá todos os indícios de imbecilidade. Temo que o menino nunca se torne grande coisa na vida, se é que vai ser alguém.” E para a sua surpresa a mulher protestou dizendo: - “Mas, senhor. Esses rabiscos são seus. O senhor não conhece a letra? Esse caderno foi seu quando freqüentava a escola de Vendôme.” É claro que Balzac não conseguiu reconhecer a própria letra!
Todos nós temos uma tendência natural para opinar sobre as pessoas. Não somos melhores do que ninguém para acharmos que temos o direito de julgar quem quer que seja, porque nós também temos defeitos e qualidades, mas sempre cobramos a perfeição alheia.
Não devemos condenar e criticar os outros injustamente porque somos todos imperfeitos. O certo e o errado estão na particularidade de cada um e nem tudo o que é errado para uma pessoa pode ser errado para outra.  É necessário saber respeitar as diferenças.
É preciso que tenhamos sensibilidade para enxergarmos os nossos próprios erros e falhas antes de criticarmos o outro, porque muitas vezes cometemos o mesmo erro ou pior. Por isso, devemos ter muito cuidado antes de julgarmos alguém, porque a pedra que atiramos em alguém hoje pode ser a mesma que tropeçaremos amanhã.
“Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um de nós sabe de sua própria dor e renúncia. Uma coisa é você ACHAR que está no caminho certo, outra é ACHAR que seu caminho é o único!” Paulo Coelho



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

CENTENÁRIO DE VINÍCIUS



Marcos Vinícius da Cruz de Melo Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro e morreu em 09 de julho de 1980, aos 66 anos. Portanto é tempo de comemorarmos os 100 anos do grande poeta, compositor, músico e intérprete Vinícius de Moraes. O Poetinha, como foi apelidado por Tom Jobim, foi também jornalista, teatrólogo e diplomata. Manuel Bandeira disse que “ele tem o fôlego dos românticos, a espiritualidade dos simbolistas, a perícia dos parnasianos (sem refugar, como estes, as sutilezas barrocas) e, finalmente, homem bem do seu tempo, a liberdade, a licença, o esplêndido cinismo dos modernos”, definindo-o como um poeta completo.
Sempre nos lembramos de Vinícius quando falamos de bossa nova, poesia, uísque, a paixão pelas mulheres e Ipanema, mas outras particularidades começam a ser reveladas agora, no ano do seu centenário com o lançamento do livro “100 Vinícius 100” e um ainda a ser publicado “Pois sou um Bom Cozinheiro”. Além do gosto pela culinária ele tinha gostos estranhos, como tomar café gelado, chamar a todos pelo diminutivo e uma das únicas coisas que o tirava do sério era a falta de pontualidade. Boêmio inveterado, apreciador de uísque e fumante, era também conhecido por ser um grande conquistador. As mulheres foram sua grande paixão e inspiração para os seus versos e canções, tanto que foi casado por nove vezes ao longo de sua vida.
Nos anos 50, em Paris, Vinícius escreveu o poema “Receita de Mulher” que antecipava as práticas atuais da publicidade e do mercado em relação aos estereótipos do corpo feminino distinguindo-o dos padrões arbitrários que banalizam a beleza e o erotismo e ressaltava com o seu olhar amoroso, a delicadeza, o sentimento e a erudição do poema.

“... Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve com um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, então
Nem se fala, que olhem com certa maldade inocente...
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas”.

Vinícius pode reviver atualmente em lançamentos de filmes, peças de teatro e diversas produções. Suas obras são lidas e admiradas até hoje. Suas canções foram traduzidas para diversos idiomas e são tocadas e interpretadas no Brasil e em vários países. Podemos dizer que Vinícius de Moraes se imortalizou, jamais será esquecido e qualquer coisa que se escreva sobre ele sempre vai parecer pouco diante de imensurável talento. São várias as homenagens que estão sendo feitas para eternizar ainda mais as suas obras, por isso deixo a minha contribuição para a celebração do seu centenário com o inesquecível Soneto de Fidelidade.


É difícil ser criança...


Ser criança hoje é muito diferente de quando éramos antigamente. Como não tínhamos tantos brinquedos como agora a solução era usar a criatividade. Lembro-me das vezes que eu juntava 5 pedrinhas pra brincar de “Cinco Marias”, riscava o chão para brincar de “Amarelinha”, usava o anel para brincar de “Passar Anel”, brincava também de pião, roda, bola de gude, pipa... De todas as brincadeiras a melhor, para mim, era a boneca. Fazia roupinhas com retalhos de pano, “comidinhas” de areia, folhas ou pedrinhas, mas quando minha avó ou a mãe de alguma amiguinha fazia bolo em casa sempre deixava um pouquinho pra colocar na forminha de fazer empada para assar no forno, e somente assim tínhamos um “bolinho de verdade”, para comemorarmos o aniversário das bonecas. Era muito divertido e não era preciso gastar para poder brincar.
É triste constatarmos que ser criança hoje não significa ter infância. Agora não se brinca mais como antigamente. As antigas canções de roda foram substituídas pelas “músicas” carregadas de erotismo e duplo sentido. Hoje em dia qualquer criança de 4 anos tem um celular. É normal ver uma criança que navega na internet, fala ao telefone e ainda assiste à televisão, tudo ao mesmo tempo. Estas atividades ajudam a desenvolver habilidades, mas a frieza e a solidão do mundo virtual da internet, computadores e jogos de vídeo games, podem levar a criança ao sedentarismo e ao individualismo. O avanço da tecnologia trouxe brinquedos cada vez mais sofisticados, onde a competitividade é estimulada através da destruição do adversário. Para eles o importante é vencer sempre, sem dar importância à união de forças para se ter uma vitória sadia.
Não discordo que a educação das crianças seja dentro do mundo globalizado e tecnológico como nos dias de hoje, mas é necessário que elas sejam educadas com os mesmos valores éticos e morais de sempre, porque ser criança é ter vontade de descobrir as coisas e manter o brilho intenso, a mesma inocência, ingenuidade e pureza no olhar. De repente fiquei com saudade daquela época em que eu era simplesmente uma “criança”.


Música: The Lion Sleeps Tonight

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O PODER DA ATITUDE

Foto: SEM VIOLÊNCIA
SOMOS PACÍFICOS
AMOR  HUMOR AMOR                                     
Bem oportuna a citação do John, e verdadeira. É infantil e retrógrada a idéia de que atos de violência causarão alguma intimidação. Serve sim, para facilitar ao poder que se combate, a devida repressão. Quando você agride e é agredido de volta, você é o agressor e o outro agiu em legítima defesa. Tenhamos o Mahatma Ghandhi e Nelson Mandela como nossos mentores, e não guerrilheiros que só querem o poder pra si. Esse filme nós já vimos e eu particularmente não gostei. Do modo que vejo as coisas, o que poderia ser o maior constrangimento para os dirigentes desonestos que temos, foi estragado por mal comportamento, e o povo agora se retrai. Ninguém quer ser confundido com baderneiros. Ouçamos o John, ele sabia o que estava falando.

 "Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence." - Gandhi