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terça-feira, 23 de julho de 2013

A MELHOR ESCOLHA


"O Caminho do Meio é uma expressão budista que procura em poucas palavras apontar as direções para os que buscam o equilíbrio, a harmonia."
O chamado Caminho do Meio proposto por Buda é equivalente ao meio-termo proposto pelo filósofo grego Aristóteles que viveu no final do século IV e meados do século V a.C. Em sua obra Ética a Nicômaco, livro VI -1, “ deve-se preferir o meio-termo e não o excesso ou a falta, e o meio-termo é determinado pelos ditames da reta razão...” Aristóteles estabelece regras para se viver com equilíbrio e segurança, além de oferecer uma grande oportunidade para reflexão de temas extremamente importantes para o ser humano, como: a virtude, a liberalidade, a magnificência, a calma, a inteligência, dentre outros.
Certo dia um velho músico falou para o seu aluno: "Se apertares esta corda demais, ela arrebenta; e se a deixares solta demais, ela não toca." Estas palavras simples contêm uma grande verdade. A felicidade está no equilíbrio, no que é simples.

A maioria das pessoas dá exagerada importância à quantidade sem se importar com a qualidade. Não basta ter o suficiente para nos manter, queremos sempre mais e mais. E esta incessante busca pelo ter, vai deixando um imenso vazio em nós mesmos e ficamos perdidos no meio do caminho. E depois de muito sofrer, de muito caminho percorrido é que nos damos conta de que não precisamos de muito para sermos felizes, só precisamos encontrar o caminho do meio, o caminho da felicidade.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pra não dizer que não falei das flores


Simplesmente perfeita, a análise crítica da música Pra não dizer que não falei das flores, feita por Patrícia de Paula Padilha, em 28 de agosto de 2009, no Blog Mestres da História.  
"Pra não dizer que não falei das flores" é uma canção escrita e interpretada por Geraldo Vandré. Ficou em segundo lugar no Festival Internacional da Canção de 1968. O sucesso desta canção que incitava o povo à resistência levou os militares a proibi-la de 1968 até 1979, período que Vandré foi exilado e torturado pelos homens da ditadura que usaram como pretexto a "ofensa" à instituição contida nos versos "Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição / de morrer pela pátria e viver sem razão".

Vejamos a análise desta estrofe feita por Patrícia:
Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão: Os soldados estavam sempre armados e dispostos a prender os manifestantes e levá-los para as salas do DOPS, porém muitos pareciam alienados, não sabiam direito o que acontecia ou fingiam não saber, para quem sabe assim se redimir da culpa de tantas mortes e “desaparecimentos” da época. Mas tinham famílias, namoradas, mãe, irmãos e podiam sim ser amados por alguém ou então odiados por todos. Muitas manifestações foram, sobretudo, contra a violência dos policiais”.
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição / de morrer pela pátria e viver sem razão: “Os soldados aprendiam lições e como se houvesse uma lavagem cerebral aceitavam cumprir as ordens do governo, mas acredito que em sua maioria muitos sabiam exatamente o que faziam e concordavam com os planos e métodos. Como diz a frase, eles aceitavam morrer pelo seu país, mesmo que para isso eles fossem recriminados pela população e tivessem que viver sem anseios e sem razão, afinal de contas eles só serviam para fazer o trabalho pesado para os governantes. Somos todos soldados, armados ou não: na contradição de ser ou não soldados, todos eram, a diferença está nas armas e na motivação”.

Grande parcela dos jovens brasileiros de hoje desconhecem o período de 20 anos desde o golpe militar até o fim da ditadura. Muitos deles não conseguem imaginar que existiu um tempo em que não havia tanta tecnologia como agora. A música de Geraldo Vandré nos conscientiza e nos faz repensar sobre a insatisfação contra a corrupção, violência, injustiça, o desejo de mudança, a fome por liberdade e a coragem de lutar.
Não só os jovens, mas muitas pessoas são alienadas e preferem ficar em silêncio em vez de tentar mudar o país. Mas estamos vendo que a maioria despertou e resolveu tomar uma atitude.
E agora, o que podemos comprovar é que mesmo depois de 45 anos, a mesma cena se repete, e esta canção nos faz repensar a importância da luta pelos nossos objetivos. Desejos, ideais e principalmente a conscientização dos nossos direitos e deveres são imprescindíveis para que possamos construir uma sociedade melhor. Finalmente o gigante que estava adormecido, acordou!!!!





segunda-feira, 8 de julho de 2013

MULHERES COMPLICADAS


Nós, mulheres, somos rotuladas de complicadas pela maioria dos homens. Isso não é nenhuma novidade. Mas, na verdade, estes mesmos homens que nos criticam não procuram descobrir a razão desta complicação toda.
Diferente do homem, nós sofremos imensas mudanças hormonais e biológicas que nos fazem ter comportamentos diferentes. Num dia estamos felizes e cheias de energia e no outro estamos tristes e sem vontade de fazer nada.
As nossas complicações também podem surgir pelo fato de que muitas vezes pensamos com a emoção ao invés da razão. Em muitos casos o coração fala mais alto e a nossa capacidade de raciocinar fica prejudicada.
Outro fator que complica também a nossa vida e nos desgasta, é que temos que trabalhar a nossa vida pessoal e profissional onde passamos a assumir vários papéis ao mesmo tempo.
Os pequenos detalhes que passam despercebidos pelos homens são notados minuciosamente por nós mulheres e algumas vezes, dependendo da situação, fazem com que fiquemos ofendidas pela falta de percepção dos homens.
Nós valorizamos muito as nossas relações e ficamos magoadas facilmente quando as outras pessoas não correspondem às nossas expectativas. Isso acaba nos magoando e muitas vezes pensamos que os outros percebem a nossa mágoa, embora não seja isso o que sempre acontece.  Mas se nós, mulheres, não falamos de que “mal sofremos”, como é que nós queremos que vocês homens descubram?
Não posso rotular todas elas, mesmo porque eu faço parte deste mundo misterioso que é o coração e a cabeça das mulheres, mas a verdade é que em nossa maioria somos complicadas mesmo. Cabe ao homem ser capaz de fazer um esforço para tentar nos compreender, ao invés de ficar nos rotulando de complicadas. Afinal os homens também, algumas vezes, são complicados.