Tradução

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O JOGO DO CONTENTE

 
Quem já leu o romance "Pollyana", de Eleanor H. Porter, traduzido por Monteiro Lobato, conhece o jogo do contente. Esse livro conta a estória de uma menina pobre que após ficar órfã vai morar com a tia rica, rígida amarga, exigente e severa. Ela aprendeu a jogar o “jogo do contente” quando esperava ganhar uma boneca e ao abrir uma caixa de doações encontrou um par de muletinhas. Ao perceber a sua decepção e tristeza seu pai disse que ela deveria ficar muito feliz ao receber as muletas. Explicou-lhe que durante a nossa vida deveríamos sempre buscar algo de bom dentro de qualquer situação e que não existia nada que não fosse capaz de nos fazer contentes.  Ela refletiu, aprendeu e ficou contente por não necessitar usá-las. A partir daí começou a jogar e a ensinar o tal jogo às pessoas tristes, aborrecidas ou mal-humoradas que encontrava em seu caminho.  
A regra desse jogo é bem simples: devemos procurar em tudo que acontece ao nosso redor alguma coisa que nos faça feliz, ou seja, devemos ficar sempre contentes com tudo. O objetivo é encontrarmos a felicidade em todos os momentos.  Mas como podemos ficar felizes o tempo todo com tantas coisas ruins acontecendo no mundo?  Sabe quando acontece alguma coisa ruim e você pensa que poderia ser bem pior? É bem assim. Não é uma questão de acomodação, nem uma fuga da realidade, é uma nova maneira de ver o mundo procurando enxergar o melhor de cada situação.  Falando assim, pode parecer fácil, mas sabemos que não é. Não dá pra bancar a Pollyanna o tempo inteiro. De vez em quando é necessário tentarmos fazer com que o nosso dia seja melhor.  Afinal, os problemas são uma constante em nossa vida, quando um desaparece sempre surge outro. Mas quando aprendemos a jogar o “jogo do contente” ficamos mais otimistas e fica mais fácil de lidar com os nossos problemas.

 
“Muitas vezes me acontece de brincar o jogo do contente sem pensar. A gente fica tão acostumada que brinca sem saber. Em tudo há sempre alguma coisa capaz de deixar a gente alegre, a questão é descobri-la”.
Pollyana

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