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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Independência ou Dependência?


Em 07 de setembro de 1822, quando o Brasil deixou de ser colônia da metrópole portuguesa e a monarquia se mostrou disposta a enfrentar as invasões estrangeiras consolidando a soberania territorial, foi proclamada a Independência do Brasil. Momento oportuno para refletirmos o que esta data representa para nós. Será que o povo brasileiro tornou-se realmente independente? Sinceramente acho que para nós, brasileiros, esta independência nunca aconteceu porque sempre estivemos dependentes das circunstâncias.
O Brasil tem problemas que nos impede de bradarmos que somos realmente independentes. Os principais obstáculos para essa independência são a corrupção, a violência, a fome, a falta de saúde e de educação pública de qualidade. Temos mais a lamentar do que comemorar. Somos prisioneiros em nossas próprias casas enquanto os “bandidos” estão nas ruas. Os nossos representantes, aqueles que deveriam defender a nossa independência, lutam por seus próprios interesses.
Gostaria de finalizar com a música do cantor e compositor Gabriel, o Pensador, onde ele começa fazendo uma crítica a Independência do Brasil. A letra desta música nos instiga a pensar sobre os assuntos atuais da sociedade em que vivemos.

É PRA RIR OU CHORAR?
Gabriel, o Pensador


O Brasil proclamou sua independência, mas o filho do rei é que assumiu a gerência. O povo sem estudo não dá muito palpite, e a nossa república é só pra elite. (E quem faz greve o patrão ainda demite).
É pra rir ou pra chorar?

O Brasil aboliu a escravidão, mas o negro da senzala foi direto pra favela. Virou um homem livre e foi pra prisão. Só que a tal da liberdade não entrou lá na cela. (E a discriminação ainda é verde e amarela).
É pra rir ou pra chorar?


O Brasil foi parar na mão dos militares, que calaram o povo no tempo da ditadura. Torturaram e prenderam e mataram milhares, mas ninguém foi condenado pelos crimes de tortura. (E tem até torturador lançando candidatura).
É pra ri ou pra chorar?

O Brasil conseguiu as eleições diretas, mas a gente que vota ainda é semi-analfabeta. Collor foi eleito e roubou até cansar. O povo deu um jeito de cassar o marajá. Mas ele não foi preso e falou que vai voltar!
É pra rir ou pra chorar?

O Brasil tem mais terra do que a China tem chinês, mas a terra tá na mão dos grandes latifundiários. A reforma agrária, ninguém ainda fez. Ainda bem que os sem-terra não são otários. (E tudo que eles querem é direito a ter trabalho).
É pra rir ou pra chorar?

O Brasil tem miséria, mas tem muito dinheiro, na mão de meia dúzia, no banco suíço. O rico sobe na vida feito estrangeiro, e o pobre só sobe no elevador de serviço. (E você aí fingindo que não tem nada com isso?)
É pra rir ou pra chorar?

O Brasil tem um povo gigante por natureza que ainda não percebe o tamanho dessa grandeza. Sempre solidário no azar ou na sorte, um povo generoso, criativo e risonho.
Poderoso, e tem um coração batendo forte que põe fé no futuro do mesmo jeito que eu ponho. E vai ter que ser independência ou morte. Um por todos, e todos por um sonho.
É pra rir ou pra chorar?

É pra rir ou pra voltar? Pra seguir ou pra parar? Pra cair ou levantar?
É pra rir ou pra chorar?

Pra sair ou pra ficar? Pra ouvir ou pra falar? Pra dormir ou pra sonhar? É pra ver ou pra mostrar? Aplaudir ou protestar? Construir ou derrubar? Repetir ou transformar?
É pra rir ou pra chorar?

Pra se unir ou separar? Agredir ou agradar? Pra torcer ou pra jogar? Pra fazer ou pra comprar? Pra vender ou pra alugar? Pra jogar pra perder ou pra ganhar? Dividir ou endividar? Dividir ou individualizar?
É pra rir ou pra chorar?!




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