Em algum momento de nossa vida, todos nós sentimos um
vazio que não sabemos descrevê-lo, nem como preenchê-lo, mas temos consciência
de que ele existe. Acho que esta sensação nunca terá fim e mesmo que tentemos
nunca conseguiremos acabar com ela. Vivemos sempre insatisfeitos.
Hoje em dia, é mais comum ouvir as pessoas falarem em
algo que querem ter do que o que querem ser. A prioridade é adquirir bens
materiais. Tudo isso é superficial. E quando elas conseguem o que tanto queriam
descobrem que o tal vazio ainda continua. Não são as coisas que o dinheiro pode
comprar que vai nos trazer o que realmente estamos precisando.
No livro “A Sabedoria da Natureza”, Roberto Otsu diz: “Se
o bambu tivesse o talo maciço, ele seria pesado, rígido, inflexível. Com isso,
os taoístas perceberam que é o vazio que garante as qualidades do bambu. O
vazio é um dos conceitos fundamentais do pensamento oriental. Se o bambu tem
suas virtudes por causa do caule oco, então o vazio tem um sentido positivo. É
dessa forma que os sábios antigos viam o vazio. Não pela ausência, mas sim
pelas possibilidades que ele abre, pelos benefícios que ele traz.”
O problema é o que fazer para aliviar este
sentimento que insiste em nos atormentar. Precisamos aprender a conviver com
esta situação e transformar este vazio em algo benéfico. Quando falamos em vazio interior pensamos em
algo ruim, uma sensação negativa, mas que tem as suas vantagens. Ele é necessário
para que haja motivação em nossa vida. A
sensação de vazio é o alerta que faltava para que nós encontremos a nós mesmos.
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