Tradução

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Vazio interior

 

“Tudo nasce no (e do) vazio e tudo volta para o vazio. O mesmo vazio do bambu”.    Roberto Otsu

Em algum momento de nossa vida, todos nós sentimos um vazio que não sabemos descrevê-lo, nem como preenchê-lo, mas temos consciência de que ele existe. Acho que esta sensação nunca terá fim e mesmo que tentemos nunca conseguiremos acabar com ela. Vivemos sempre insatisfeitos.
Hoje em dia, é mais comum ouvir as pessoas falarem em algo que querem ter do que o que querem ser. A prioridade é adquirir bens materiais. Tudo isso é superficial. E quando elas conseguem o que tanto queriam descobrem que o tal vazio ainda continua. Não são as coisas que o dinheiro pode comprar que vai nos trazer o que realmente estamos precisando.
No livro “A Sabedoria da Natureza”, Roberto Otsu diz: “Se o bambu tivesse o talo maciço, ele seria pesado, rígido, inflexível. Com isso, os taoístas perceberam que é o vazio que garante as qualidades do bambu. O vazio é um dos conceitos fundamentais do pensamento oriental. Se o bambu tem suas virtudes por causa do caule oco, então o vazio tem um sentido positivo. É dessa forma que os sábios antigos viam o vazio. Não pela ausência, mas sim pelas possibilidades que ele abre, pelos benefícios que ele traz.”
O problema é o que fazer para aliviar este sentimento que insiste em nos atormentar. Precisamos aprender a conviver com esta situação e transformar este vazio em algo benéfico.  Quando falamos em vazio interior pensamos em algo ruim, uma sensação negativa, mas que tem as suas vantagens. Ele é necessário para que haja motivação em nossa vida.  A sensação de vazio é o alerta que faltava para que nós encontremos a nós mesmos.
 

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