Um caso interessante de julgamento errado que tomei
conhecimento, foi feito pelo romancista francês Honoré de Balzac que além de
escrever romance, se considerava um perito em grafologia – estudo da escrita à
mão para determinar o caráter e a personalidade de uma pessoa.
Certa vez, uma senhora levou-lhe um caderno com rabiscos
infantis e pediu que ele os analisasse. Depois de observar cuidadosamente todo
o caderno, ele concluiu que a criança era mentalmente retardada. Mas ficou sem
jeito e perguntou se ela era a mãe da criança. Quando a senhora respondeu que
não tinha nenhum parentesco com ele, Balzac usou a sua franqueza e de pronto
respondeu: - “A escrita dessa criança dá todos os indícios de imbecilidade.
Temo que o menino nunca se torne grande coisa na vida, se é que vai ser
alguém.” E para a sua surpresa a mulher protestou dizendo: - “Mas, senhor.
Esses rabiscos são seus. O senhor não conhece a letra? Esse caderno foi seu
quando freqüentava a escola de Vendôme.” É claro que Balzac não conseguiu
reconhecer a própria letra!
Todos nós temos uma tendência natural para opinar sobre as pessoas.
Não somos melhores do que ninguém para acharmos que temos o direito de julgar
quem quer que seja, porque nós também temos defeitos e qualidades, mas sempre cobramos
a perfeição alheia.
Não devemos condenar e criticar os outros injustamente porque
somos todos imperfeitos. O certo e o errado estão na particularidade de cada um
e nem tudo o que é errado para uma pessoa pode ser errado para outra. É necessário saber respeitar as diferenças.
É preciso que tenhamos sensibilidade para enxergarmos os
nossos próprios erros e falhas antes de criticarmos o outro, porque
muitas vezes cometemos o mesmo erro ou pior. Por isso, devemos ter muito
cuidado antes de julgarmos alguém, porque a pedra que atiramos em alguém hoje
pode ser a mesma que tropeçaremos amanhã.
“Não devemos julgar a
vida dos outros, porque cada um de nós sabe de sua própria dor e renúncia. Uma
coisa é você ACHAR que está no caminho certo, outra é ACHAR que seu caminho é o
único!” Paulo Coelho
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