Tradução

terça-feira, 25 de junho de 2013

A EMOÇÃO DO MOMENTO


Difícil, num momento destes, falar de outra coisa que não seja o movimento que toma conta do país. Quem,  como eu, pode acompanhar o desenvolvimento político da nossa nação, desde os idos da década de sessenta do século passado, vê agora com imenso prazer a legitimidade de um movimento popular, coisa que não fazia parte das lutas do passado.  Mesmo a luta pelas eleições diretas, e do impedimento do ex-presidente Collor, foram feitas com grande participação de políticos e seus partidos.
A exemplo de outros países, a tecnologia é fator importante para que aconteça. Mas, não é a responsável, tampouco considero responsável pelo movimento os que reuniram as pessoas e mostraram seus motivos, falo da responsabilidade dos fatos geradores do descontentamento de tanta gente.
Centenas de milhares de pessoas foram às ruas, e continuam indo, para mostrarem seu descontentamento, sem ao menos ter uma proposta definida ou um líder.  A leitura que faço desta situação no momento, é que as pessoas que se mobilizam não o fazem como em outras ocasiões movidas por doutrinas ou motivadas por lideranças. O descontentamento com a incapacidade e a desonestidade do governo, pra mim, é claramente a grande motivação. Pode fazer o que quiser agora, mas o registro histórico da incapacidade e desonestidade já foi feito.

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